Em 1486 Giovanna degli Albizzi, nascida em 1468 numa das famílias mais importantes da cidade, contrai matrimónio com Lorenzo, outro jovem nobre da localidade, da família Tornabuoni e aparentado com os Médici. O enlace se celebra, augurando uma vida cheia de riqueza e de felicidade que se veria prematuramente interrompida com a morte de Giovanna aos dezanove anos, quando do nascimento do seu segundo filho. O jovem viúvo encarrega a um dos grandes mestres do momento e amigo da sua família, Domenico Ghirlandaio, um retrato que lhe permitia recordar e honrar para sempre a memória da sua esposa e que reflectiria não só a sua beleza exterior como também o interior: "ARS VTINAM MORES / ANIMVMQVE EFFINGERE / POSSES PVLCHRIOR IN TER / RIS NVLLA TABELLA FORET"; "Oxalá pudera a arte reproduzir o carácter e o espírito! Em toda a terra não se encontrará um quadro mais formoso". Assim reza o escrito que Ghirlandaio pintou no próprio retrato que alude, em primeiro lugar, às virtudes que possuía Giovanna durante a sua vida, que apenas se podem plasmar em imagens e, em segundo lugar, realça a arte da pintura, algo assim como “vejam do que é capaz a pintura”.
Na Fundação Calouste Gulbenkian existe também um belo retrato de uma jovem de Domenico Ghirlandaio.
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