domingo, fevereiro 26

Há músicas assim.


Há músicas assim: eternas. Não a tenho no carro nem em lado nenhum, mas sempre que acidentalmente a oiço na rádio culpo-me por isso. Quando mais novo, ouvia-a só, não fossem os amigos acharem-na lamechas ou imprópria. Como explicar aos meus 16 anos, ou aos 18 ou 22, que o apreço público, fosse ele qual fosse, não era sinal de fracasso estético? Como explicar, não estando na altura convencido disso, que a melodia, a harmonia e o ritmo são "premissas" fundamentais da música e se encontram em todos os géneros musicais?

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