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Eduardo foi claro à pergunta sobre a coesão defensiva portuguesa: quando se aposta tanto na estrutura defensiva a minha situação é mais fácil, mas, obviamente, perde-se a capacidade ofensiva. A origem da irritação de Ronaldo vem daqui, do labirinto intransponível de defesas costa-marfinenses, brasileiros e espanhóis para o qual foi lançado. A má educação e a aparente falta de solidariedade de Ronaldo e Deco, os mais penalizados pelo futebol ultra defensivo, não são mais graves do que o comportamento do treinador nacional. As atitudes do sr. Carlos têm sido absurdas e provocatórias: quem prescindiu de dois defesas direitos a favor de um defesa central? Que sinal deu para o balneário quando deixou M. Veloso no banco e incluiu R. Amorim, repescado à última hora, logo no primeiro jogo e para a posição do primeiro? Quem puniu Deco desta maneira tão cínica? Quem invocou cansaço de um jogador quando ele dava mostras de uma frescura invejável? Quem em final de festa não assumiu a fraca prestação do futebol luso e o colapso da sua estratégia, que nos remete para o futebol tristonho e medíocre dos anos setenta?