Para os romanos não era o corpo nem os trajes ou atributos
acessórios o centro do interesse na retratística, mas sim o rosto com todas as
suas particularidades – a textura da pele e do cabelo, as marcas da idade, o
olhar..., em suma, a verosimilhança com o humano. É no período da dinastia dos Severos que
o retrato atinge o ponto mais significativo e específico da arte romana. Este
rosto de Caracala é, para mim, entre tantos outros do imperador, o auge da
expressividade do retrato psicológico e emocional. Perante esta delicada e primorosa execução escultórica, facilmente caracterizamos a
sua personalidade e o seu carácter.
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