quarta-feira, novembro 30
Fernando Savater
Algumas ideias do filósofo e escritor Fernando Savater na Feira do Livro de Guadalajara. No El País.
Crisis económica: "En España funciona muy bien una ONG llamada familia".
Indignados."La indignación en principio es lógica cuando hay tantos jóvenes sin futuro. Lo raro es que no haya habido una autocrítica por parte de los ciudadanos. Cuando vivíamos como millonarios nadie se indignaba con el sistema político o económico. Cuando se pinchó la burbuja la gente se indignó porque el sistema ya no daba lo de antes. La indignación no conduce a nada. No se pueden resolver los problemas políticos con ética sino con buenas políticas".
Corrupción:"El verdadero problema no es la corrupción, sino la impunidad, la complacencia y la complicidad de la sociedad. La impunidad tiene un efecto social desmoralizador. Los seres humanos hacemos todo el mal que nos dejan. En los países donde hay menos corrupción es simplemente porque es más difícil. No es un asunto moral, es un problema de instituciones".
Narcotráfico:"Estar a favor de la despenalización de las drogas no es estar a favor de despenalizar el canibalismo. Las democracias americanas no pueden acabar con el tráfico de drogas, pero en cambio sí puede ocurrir al revés. La cruzada contra las drogas es irracional".
Ética: "Los seres humanos no estamos programados como el resto de los seres vivos. Los animales están más especializados que nosotros. No hay abejas surrealistas. Es nuestra imperfección la que nos permite hacer muchas cosas. El problema es qué cosas queremos hacer, qué tipo de personas queremos ser. La ética es la reflexión necesaria de un hombre condenado a la libertad".
terça-feira, novembro 29
sexta-feira, novembro 25
Dos Açores uma boa medida
Os pais irão ser responsabilizados activamente pelos deveres de assiduidade e de disciplina dosseus filhos. O decreto determina a aplicação de coimas para os que não cumprem. Tenho a certeza que terá repercussão imediata na vida das escolas açoreanas. Defendo esta medida há muitos anos e levá-la-ia um pouco mais longe: responsabilizava também os pais pelo insucesso injustificado dos seus educandos.
terça-feira, novembro 22
401 dólares
Kiah Kiean
Num post de maio, terminei perguntando de que cor seriam as bandeiras a desfraldar contra este estado de coisas que ninguém sabe objectivamente identificar, caracterizar, tão pouco catalogar. Nos últimos tempos, vivemos na angústia de não saber o que fazer, o que pensar, para onde apontar. Acontecem diariamente manifestações de indignados nas cidades mais improváveis; chegam ao poder governos de tecnocratas não sufragados, em países de forte tradição democrática; alternam à direita e à esquerda por desgaste ou ineficácia em outros tantos países; surpreende a apropriação de reivindicações tão queridas da esquerda, como o fim dos paraísos fiscais ou a taxação sobre transações, por parte do presidente Sarkozy e a recusa destas mesmas medidas por parte Cameron; espanta, também, os recentes discursos inflamados do presidente Durão, fazendo lembrar a sua juventude maoista; e na terra de Mao - na China dos dois sistemas, a deslocalização de fábricas pelos mesmos motivos que as levaram a sair daqui. Há sempre outros países onde podem pagar menos.
E este último problema, parece-me verdadeiramente a raiz de todos os males: a globalização económica sem critérios nem pudor. Um exemplo chocante no excerto do artigo de Leonídio Paulo Ferreira, no DN. Vale a pena ler na totalidade.
Numa cidade do sul da China, "Sete mil trabalhadores protestavam contra uma série de despedimentos, prenúncio de uma deslocalização do Guangdong para outra província de mão-de-obra mais barata. É que o salário base mensal de 1100 yuans (173 dólares ou 128 euros) começa a ser demasiado alto para marcas que podem mudar num piscar de olhos o país onde fazem as suas encomendas.
Na China, calcula-se que o salário mínimo anual ande já nos 1500 dólares. E vai subir. Ora, na Indonésia situa-se ainda nos 1027 dólares, no Vietname nos 1002 e na Índia nos 857. Na fila está a Birmânia, onde o custo anual de um trabalhador se fica pelos 401 dólares."
segunda-feira, novembro 21
Duas perspectivas optimistas
Na imprensa de ontem:
de Anselmo Borjes, no DN:
e, no El Mundo, de Michio Kaku.
sábado, novembro 19
Inigualável
A expressão é serena, despojada, a luz suave e quente ilumina um rosto marcado
pelo tempo; a quietude das mãos, estranhamente cruzadas ao regaço, contrariam as pinceladas
soltas, largas e impressivas; o domínio técnico da cor é inigualável.
Este auto-retrato de Rembrandt é datado de 1669, ano da sua morte.
Este auto-retrato de Rembrandt é datado de 1669, ano da sua morte.
terça-feira, novembro 15
A recepção de Quaresma
O que vou reter deste jogo não será, com certeza, a exibição desinspirada da Selecção nem os seus seis bonitos golos. Mas a “mudança de flanco” de Veloso que acabou aos pés de Quaresma, ainda na linha lateral de colete verde florescente. O passe de Veloso foi tenso, demasiado longo, para lá da linha, a recepção displicente de Quaresma magnífica, de frente para a bola, com o pé direito, suavizando a queda com dois pequenos toques de pé para pé, largando-a no relvado à mercê do defesa lateral bósnio.
domingo, novembro 13
Sem o dinheiro somos como um corpo sem sangue
A tese de Anselm Jappe, no Atual, suplemento do Expresso, surpreende-me e reduz
a minha perspectiva, a minha perspicácia, tão agarradas e obcecadas pela conjuntura económica europeia, a nível da paróquia. Precisamos
urgentemente de mais filosofia e de política. E o que diz o filósofo alemão de novo. Diagnostica
a situação terrível em que nos encontramos. Alerta para a decomposição e fim do
capitalismo e traça um cenário de desagregação assustador. O caso argentino e
dos países de leste surgem como exemplos, mas a extensão a nível planetário
aponta para um cenário apocalíptico. A tese do alemão parte da constatação de
que o dinheiro só é “real” a partir do
momento em que é expressão de um trabalho verdadeiramente executado e do valor no
qual esse trabalho se representa. O resto do dinheiro, como ele diz, não é senão uma ficção. O colapso do
sistema financeiro confrontar-nos-á com as consequências do facto de nos termos
entregado, de mãos e punhos atados, ao dinheiro. Sem ele, diz, somos como um corpo sem sangue.
Anselm Jappe não tem soluções. Aponta, teme uma longa e dolorosa
aprendizagem para uma sociedade pós-dinheiro. E isso é
assustador.
quinta-feira, novembro 10
Privatização absurda
Três empresas públicas na corrida à EDP. (Público). Alemães, chineses e brasileiros na corrida à eléctrica nacional. (SIC N)
Só espantará os incautos.
terça-feira, novembro 8
quinta-feira, novembro 3
Perspectiva das Coisas II, na Gulbenkian
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