domingo, julho 18

Caravaggio, génio e vilão

"Põe aqui o dedo e vê as minhas mãos; chega também a mão
e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente".

Respondeu-lhe Tomé: "Senhor meu e Deus meu! "
João 20:28

A originalidade e o carácter da sua obra consistem em conseguir uma mesma dimensão espiritual quer em cenas de costumes quer em assuntos religiosos. Caravaggio faz uma pintura próxima da vida, dos seus males, dos seus mistérios e das suas contradições. Os protagonistas das suas obras são homens comuns, representados em toda a sua simplicidade natural - foi um escândalo para a Igreja e para o próprio povo. Detentor de uma capacidade técnica de tratar as figuras num excessivo realismo, de conferir uma intensidade dramática aos assuntos e de um jogo cada vez mais contrastado de sombra e luz, Caravaggio foi, talvez, o mais significativo pintor barroco.
O comportamento intempestivo e provocante e a morte de um jovem levaram-no a abandonar Roma, vindo a morrer há precisamente 400 anos, com 38 anos.
Aqui Caravaggio na série O Poder da Arte, de Simon Schama.

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