Female tailors on strike.New York City, February, 1910
Não será por acaso que o direito à greve está consagrado em todas as
constituições dos países ocidentais civilizados. Representa o último patamar a
que recorrem todos aqueles que querem ser ouvidos e que reclamam atenção de
quem os governa.
Desvalorizar, ridicularizar ou achar, como se tem ouvido cada vez mais, que os grevistas não passam de gentinha manipulada por sindicatos ou partidos sem escrúpulos é não só estúpido como abre naturalmente caminho a soluções bem menos civilizadas: os últimos tempos têm sido férteis, na Turquia e no Brasil, o povo saiu em manifestações de rua, espontâneas, inorgânicas, ameaçadoras, conquistando simpatias e promessas imediatas dos governantes. E o perigo vem verdadeiramente daí, do poder poder cair nas ruas - e todos sabemos o que isso significa.
Desvalorizar, ridicularizar ou achar, como se tem ouvido cada vez mais, que os grevistas não passam de gentinha manipulada por sindicatos ou partidos sem escrúpulos é não só estúpido como abre naturalmente caminho a soluções bem menos civilizadas: os últimos tempos têm sido férteis, na Turquia e no Brasil, o povo saiu em manifestações de rua, espontâneas, inorgânicas, ameaçadoras, conquistando simpatias e promessas imediatas dos governantes. E o perigo vem verdadeiramente daí, do poder poder cair nas ruas - e todos sabemos o que isso significa.
Insisto: o direito à greve representou um enorme avanço civilizacional e desvalorizá-lo parece-me politicamente um erro grave e um desrespeito
pelo passado que nos trouxe até aqui.