Há uns anos, a propósito do 25 de Abril, escrevi o editorial do jornal escolar.
“Para comemorar o 25 de Abril, pedi duas pequenas histórias aos meus colegas Jorge Santos e Turé Couto que viveram intensamente este período e o anterior. Vale a pena lê-las porque, para além do seu valor literário, os mais velhos recordarão com certeza esse tempo mesquinho e claustrofóbico. Para os mais novos, os nossos alunos, para quem esta data é sobretudo um feriado bastante oportuno, espero que vejam nestas histórias, puras histórias de ficção: ou seja, aos olhos de quem sempre viveu em democracia, pareçam inacreditáveis, irreais, de um tempo que acabou há muito. Será sinal que Abril se vai cumprindo. Não devemos, nesses inquéritos feitos na véspera do dia, estar muito preocupados se eles sabem ou não quem foi o Salgueiro Maia ou o Otelo. Não passamos nós com uma idêntica leveza pelo 5 de Outubro? Seremos menos republicanos por isso? Valorizemos antes, e diariamente, os ideais de Abril e da República – Liberdade, Igualdade e Fraternidade.”
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