A rever. Filme a uma velocidade vertiginosa, tal como a afirmação do Facebook. Brilhante interpretação de Jesse Eisenberg no papel de Mark Zuckerberg, realização dinâmica e de bom gosto, banda sonora não menos brilhante. A rapidez dos diálogos, os raciocínios, a linguagem específica do meio informático, obrigaram-me, pelo meu pobre inglês, a uma concentração total na leitura das legendas, perdendo, provavelmente, detalhes importantes.
domingo, janeiro 30
sexta-feira, janeiro 28
domingo, janeiro 23
"O rumo para o suicídio nacional”
......................Albrecht Durer
“Votar em Cavaco é manter o rumo para o suicídio nacional”, advertiu Francisco Lopes.
Frase radical, típica de campanha eleitoral, mas que sintetiza de maneira chocante o rumo traçado há muitos anos por todos nós, muito antes de Cavaco. Se atendermos aos sinais da sociedade portuguesa, tudo indica que estamos fartos de nós próprios. No divã, nos últimos 30 anos, os portugueses reflectem na sua longa história e percebem, definitivamente, que não vale a pena perpetuar os genes lusos. Nos últimos tempos, os sinais são ainda mais evidentes: uns, como se a Peste rondasse e o amanhã não existisse, esquecem a educação deles e dos filhos, abstém-se da participação política, destroem o património herdado, endividam-se para gozar férias que pensam ser as últimas. Gastam, em suma, o pouco que têm e o que não têm. Outros, poucos, vêem no Apocalipse e na destruição do Statu quo, a promessa de um futuro melhor. A maioria, aterrorizados, acreditam ainda em salvadores e mezinhas, vão atrás de promessas de um mundo melhor que “políticos” milagreiros lhes acenam, Comigo, o paraíso com cartões de crédito! Sem mim, as trevas - o FMI!.
Sem ânimo, deprimidos, conscientes da incapacidade de se governarem, os portugueses não se reproduzem, a taxa de natalidade é das mais baixas do mundo (172 mil em 1973, 99 mil em 2009); acolhem, numa atitude pouco habitual no resto do mundo, os emigrantes melhor que ninguém; acatam, apáticos, as decisões de governantes sem escrúpulos num baixar de braços de quem conhece o seu destino – a extinção.
“Votar em Cavaco é manter o rumo para o suicídio nacional”, advertiu Francisco Lopes.
Frase radical, típica de campanha eleitoral, mas que sintetiza de maneira chocante o rumo traçado há muitos anos por todos nós, muito antes de Cavaco. Se atendermos aos sinais da sociedade portuguesa, tudo indica que estamos fartos de nós próprios. No divã, nos últimos 30 anos, os portugueses reflectem na sua longa história e percebem, definitivamente, que não vale a pena perpetuar os genes lusos. Nos últimos tempos, os sinais são ainda mais evidentes: uns, como se a Peste rondasse e o amanhã não existisse, esquecem a educação deles e dos filhos, abstém-se da participação política, destroem o património herdado, endividam-se para gozar férias que pensam ser as últimas. Gastam, em suma, o pouco que têm e o que não têm. Outros, poucos, vêem no Apocalipse e na destruição do Statu quo, a promessa de um futuro melhor. A maioria, aterrorizados, acreditam ainda em salvadores e mezinhas, vão atrás de promessas de um mundo melhor que “políticos” milagreiros lhes acenam, Comigo, o paraíso com cartões de crédito! Sem mim, as trevas - o FMI!.
Sem ânimo, deprimidos, conscientes da incapacidade de se governarem, os portugueses não se reproduzem, a taxa de natalidade é das mais baixas do mundo (172 mil em 1973, 99 mil em 2009); acolhem, numa atitude pouco habitual no resto do mundo, os emigrantes melhor que ninguém; acatam, apáticos, as decisões de governantes sem escrúpulos num baixar de braços de quem conhece o seu destino – a extinção.
sábado, janeiro 22
"A Democracia é a coisa mais revolucionária do mundo"
Véspera de eleições, nada mais oportuno do que ver este trabalho. Retenho, porque a abstenção poderá atingir máximos históricos, a frase de que "pessoas endividadas perdem a esperança. E pessoas sem esperança não votam." Obrigado Alice.
sexta-feira, janeiro 21
Os versos da morte / Mercedes
A morte, numa hora, tudo desfaz.
Para que serve a beleza, para que serve a riqueza?
Para que servem as honras, para que serve a nobreza?
...........Hélinand de Froidmont (1160-1229), História do Feio, Umberto Eco, p.64
Para que serve a beleza, para que serve a riqueza?
Para que servem as honras, para que serve a nobreza?
...........Hélinand de Froidmont (1160-1229), História do Feio, Umberto Eco, p.64
segunda-feira, janeiro 17
Um bom augúrio?
.............................................. ...............Foto do Jornal Record
Em Agosto, após o jogo do Sporting contra uns medíocres dinamarqueses, previ o óbvio. Nem sempre é fácil: a paixão enviesa a perspectiva, a paixão tolda-nos a capacidade crítica. Mas a qualidade dos jogadores e do técnico era manifestamente má. Jogo após jogo, fiquei com a certeza que 7 a 8 jogadores das equipas mais modestas do futebol nacional seriam facilmente titulares na equipa de Alvalade.
A demissão do presidente só fará sentido se os responsáveis directos pelo futebol o acompanharem.
A demissão do presidente só fará sentido se os responsáveis directos pelo futebol o acompanharem.
domingo, janeiro 16
sexta-feira, janeiro 14
Tempo Contado
................. Lucien Freud
Há blogs obrigatórios. "Tempo Contado" de Rentes de Carvalho é o primeiro da minha rotina diária.
Personagem
"Está só. Intensamente só num escuro sem alívio. Do marido nunca fala. Os filhos, de quem esperava uma forma de salvação, são-lhe agora peso e cadeia. Acarinha-os, maternal, mas para a mulher que é, vibrante na força, nos desejos e sonhos dos quarenta, são estranhos que lhe roubam o sossego e constantemente a tiram do sonho.
Odeia-se e odeia tudo à sua volta. Odeia em grande a hipocrisia a que se obriga, o mau e mesquinho teatro em que a sua vida se tornou. A vida de que tanto esperava, pois beleza não lhe falta, inteligência tem de sobra, nem vagamente conseguiria imaginar o que são aflições de fim de mês. Em frases sóbrias, quase com secura, analisa o que lhe acontece. Ainda tem perguntas, mas já não se interroga sobre o que valerá a pena, porque sabe que chegou à soleira da desistência e da escuridão. Só. Intensamente só. Palavra nenhuma lhe dará conforto. No amor deixou de acreditar. Amizades não quer. Sabe, sente, que já não é quem era e, alienada de si própria, se vai tornando um rancoroso personagem."
Odeia-se e odeia tudo à sua volta. Odeia em grande a hipocrisia a que se obriga, o mau e mesquinho teatro em que a sua vida se tornou. A vida de que tanto esperava, pois beleza não lhe falta, inteligência tem de sobra, nem vagamente conseguiria imaginar o que são aflições de fim de mês. Em frases sóbrias, quase com secura, analisa o que lhe acontece. Ainda tem perguntas, mas já não se interroga sobre o que valerá a pena, porque sabe que chegou à soleira da desistência e da escuridão. Só. Intensamente só. Palavra nenhuma lhe dará conforto. No amor deixou de acreditar. Amizades não quer. Sabe, sente, que já não é quem era e, alienada de si própria, se vai tornando um rancoroso personagem."
Rentes de Carvalho
domingo, janeiro 9
Vamos emprestar dinheiro àqueles loucos?
.... Pieter Bruegel
Marcelo Rebelo de Sousa, no seu tempo de antena na TVI, referindo-se ao país e colocando-se na pele dos nossos credores, dizia “Vamos emprestar dinheiro àqueles loucos?”
Marcelo Rebelo de Sousa, no seu tempo de antena na TVI, referindo-se ao país e colocando-se na pele dos nossos credores, dizia “Vamos emprestar dinheiro àqueles loucos?”
Não sei se o professor se referia às “elites” que nos governam ou a todos nós? Prefiro a frase de Shakespeare, no Rei Lear, que se encaixa na perfeição: «É o mal destes tempos: os loucos guiam os cegos.»
quinta-feira, janeiro 6
Exportações e Importações
O momento é de total apoio às exportações. O país, ou melhor, os nossos dirigentes políticos, os economistas habituais, jornalistas e convidados, também economistas, reforçam, a toda a hora, a importância do apoio incondicional às empresas que conseguem ou pretendem exportar. De acordo. Mas, perplexo, não oiço falar no apoio que merecem, a par das primeiras, as empresas que reduzem ou evitam as importações nem no incentivo à criação de novas empresas que colmatem as nossas insuficiências económicas. Não seríamos mais autónomos, menos dependentes das conjunturas dos mercados internacionais, se procurássemos a auto-suficiência? O slogan “compre produto nacional” faz todo o sentido: a globalização económica é uma treta, a defesa do modelo social europeu é premente, a preservação do ambiente, uma necessidade.
quarta-feira, janeiro 5
sábado, janeiro 1
Calendários
..........Calendário Pirelli
No dia 31 de cada Dezembro, os votos de bom ano sucedem-se, os desejos e promessas de um ano melhor são um ritual. Com a idade, tornamo-nos mais cépticos e repetimos sem convicção hábitos antigos. Mas o que realmente se altera na passagem deste dia para o primeiro de Janeiro, para lá dos novos aumentos que o início do ano estupidamente legitima, é o calendário. Gosto de calendários. Gosto de um calendário graficamente bem feito. Gosto da efemeridade mensal das imagens. Gosto dos 365 dias à distância da minha mão e da inevitabilidade implícita de os viver.
No dia 31 de cada Dezembro, os votos de bom ano sucedem-se, os desejos e promessas de um ano melhor são um ritual. Com a idade, tornamo-nos mais cépticos e repetimos sem convicção hábitos antigos. Mas o que realmente se altera na passagem deste dia para o primeiro de Janeiro, para lá dos novos aumentos que o início do ano estupidamente legitima, é o calendário. Gosto de calendários. Gosto de um calendário graficamente bem feito. Gosto da efemeridade mensal das imagens. Gosto dos 365 dias à distância da minha mão e da inevitabilidade implícita de os viver.
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