domingo, setembro 30

quinta-feira, setembro 27

"Pensar o Mundo", Manuel Maria Carrilho



Um discurso esclarecido. Uma leitura abrangente e sem dogmas. Uma retórica clara. Desilusão. Algumas saídas para o país e para a europa.  

segunda-feira, setembro 24

Homeland


Homeland (Segurança Nacional) vence Emmys e estreia em Portugal  a 2ª temporada, a 8 de outubro, pelas 23.15, na Fox.
A não perder.

quinta-feira, setembro 20

Elogio a Paulo Portas



Sem preconceitos nem ironia. Quando Paulo Portas se opôs às alterações radicais da TSU ou tomou publicamente posição sobre a necessidade do serviço público de televisão estar alocado a uma empresa pública, mostrou definitivamente que há limites para o desvario ultraliberal, e representa, por estranho que pareça, o lado mais moderado deste governo. 
Na conferência de imprensa que promoveu, chamou patriotismo ao facto de nesta conjuntura não ter rompido a coligação, e eu concordo; fez saber a todos e por todos que estava contra as alterações da TSU, e nisso é um mestre; mostrou ao PSD que é um par no governo, e eles estão perplexos com a afronta.

sexta-feira, setembro 14

O CAOS! O CAOS!


A tragédia anunciada por Passos Coelho se os deputados da maioria não aprovassem as medidas propostas, fez-me recordar a história do governante que perante a multidão vociferava: "Tendes que escolher: nós ou o CAOS (tragédia)!" e o povo gritou: O CAOS, O CAOS! O governante rematou: "É igual, também somos nós!"

sábado, setembro 8

Cavaco, o último a saber


O PR disse que um novo aumento dos impostos terá de preservar o princípio da equidade. Cavaco sublinhou ainda que só deve haver mais austeridade para os que têm escapado. As palavras são de ontem. Ontem. Recordo-as (aqui) aos crédulos, crentes da palavra dada, republicanos que elegem a mais alta figura da nação como garante da independência nacional, da unidade do Estado e do regular funcionamento das instituições democráticas. Quem se demitirá? Ninguém. Confrangedor, tudo isto.


quinta-feira, setembro 6

Decidiram acabar com o Canal




Podia “sacar” toda a temporada da net. Podia gravar. Mas gosto assim: esperar pacientemente pela quarta-feira, vinte e duas e quarenta e oito, canal dois, e ver mais um episódio da 5ª temporada de Don Draper; esperar pela sexta, pelos Gallagher no lado direito do sofá, ligeiramente enviesado com a televisão, pernas bem esticadas até ao repousa-pés do ikea. É dali, e só dali, que eu vejo realmente alguma coisa. Foi dali que nos últimos anos vi as melhores produções televisivas - Os Sopranos, Sete Palmos de Terra, The Good Wife, Dexter, Roma e tantas e tantas outras, que me levaram, semana após semana, a reservar uma parte da noite para o canal dois.
Mesmo com a proliferação de canais por cabo, agradeço à programação do Canal 2 as rotinas a que me obrigaram e as surpresas que me causaram.
E agora, decidiram acabar com o único Canal que realmente se preocupava com o dito "serviço público".


sábado, setembro 1

Leituras de Verão. De um folêgo só.




"Dessa massa era eu feito - dessa melancolia aos supetões, dessa esquizofrenia que dominava os meus passos ali, em Lisboa ou em qualquer outro lugar do mundo. E, no entanto, não conseguia deixar de voltar todos os anos à procura de mais, inspirando aquele ar húmido e sorvendo aquele cheiro da terra e prostrando-me perante aquela névoa permanente que era ao mesmo tempo um castigo divino e o afago solícito e trapalhão do próprio Deus ...". Joel Neto

"Uma coisa parecia certa: no dia vinte e cinco de Abril de mil novecentos e setenta e quatro, faltaria ainda um bom bocado para as sete da manhã, Celestino apertou a cartucheira à cintura, enfiou a Browning a tiracolo, verificou o tabaco e as mortalhas, esqueceu-se do relógio pendurado num prego que também segurava um calendário e saiu porta fora. O céu começava a clarear. Ou talvez nem sequer tivesse começado a clarear." João Ricardo Pedro