domingo, outubro 30

Noruega

El País

Se o modelo para uma sociedade mais justa e igualitária aponta a norte, para os países escandinavos (como referi em post anterior), este artigo do El País sobre a Noruega mostra, inequivocamente, o rumo a tomar e a dura constatação da direcção que seguimos. Porque rumamos para outras paragens?


"...con un profundo sentido comunitario que apuesta por el bien de todos, la igualdad, la solidaridad y, sobre todo, la confianza en el Estado niñera, que se ocupa sin grietas aparentes del bienestar de sus ciudadanos a través de las más generosas y antidiscriminatorias prestaciones sociales del planeta. Al tiempo, regula extensas parcelas de la vida de los noruegos (su educación, salud, pensiones, relaciones laborales y distribución de la riqueza) sin que a nadie parezca molestarle."

sábado, outubro 29

terça-feira, outubro 25

Se os americanos querem viver o "american dream" devem ir para a Dinamarca




Muitas referências a Portugal, e sempre pelos piores motivos. No entanto, consola saber que Portugal está incluído no grupo restrito dos países mais ricos. Destes, os escandinavos ocupam as melhores posições em todos os indicadores.
Se a direcção é norte, porque andamos tão desnorteados?

domingo, outubro 23

Kate Winslet




Da produtora americana HBO surgem regularmente as melhores séries televisivas (dos saudosos Sopranos ao delirante e neurótico Curb your Enthusiasm). Sem o vigor destas, Milred Pierce é uma minissérie à volta de uma dona de casa que luta por resgatar a sua família de uma situação de pobreza no contexto da Grande Depressão. Milred Pierce é protagonizada pela brilhante Kate Winslet (entrevista no El País). A ver. Fox (88).

sábado, outubro 22

A HORA do BOLO, na RADAR, 97.8



Chef: Inês Barreira (A Inês faz um saboroso bolo de chocolate), 17 anos, Almada



Ingredientes:

At The Drive-In - Cosmonaut
Sufjan Stevens - John Wayne Gacy Jr.
Bass Drum of Death - Get Found
Beirut - The Peacock
David Bowie - TVC15
Dax Riggs - Night Is The Notion
The Cure - Plastic Passion
PAUS- Pelo Pulso
Johnny Flynn - Lost And Found
Sun Glitters - Too much to lose
The Mountain Goats - Jam Eater
Blues Battles - Sweetie & Shag (feat. Kazu Makino)
The Who - Sunrise
Youth Lagoon - Cannons
Zach Hill - The Primitive Talks
The Milkshakes - After Midnight


Sábado 17.00 / Repete Domingo 17.00 (30 Outubro)

Liszt, nasceu há 200 anos

Expliquem-me


Porque devem contribuir de maneira diferente um professor do ensino público, do privado e um aposentado? 
Não será unicamente preconceito ideológico?

Não me venham com as justificações de Lopo Xavier, Pires de Lima e Catroga, da segurança no emprego dos funcionários públicos, quando se sabe da efectiva "reestruturação" de todo o sector. (Público, Diário Económico)

quarta-feira, outubro 19

Coerência nas palavras e nos actos


Sempre que alguém se demite de um cargo público, interesso-me pelo caso. Vejo no acto um manifesto reconhecimento da incapacidade de cumprir as expectativas criadas, desinteresse pelo lugar,  um exercício de liberdade - em suma, uma atitude que reflecte alguma nobreza de carácter.
Neste sentido, espero consequências dos actos das figuras mais importantes do estado: o esquecimento do 1º Ministro após a tomada de posse das promessas eleitorais indica estarmos perante um embuste ou uma falta de preparação inadmissível; do Presidente da República espera-se coerência nas palavras e nos actos.

domingo, outubro 16

Indignação



Não sei se é obra maior ou menor de Philip Roth. Tal como todos os outros que li, Indignação é um livro pungente e belo


                           e oportuno. Nunca fez tanto sentido a palavra Indignação.



"Podeis ser estúpidos à vontade, podeis mesmo dar todos os sinais de que quereis apaixonadamente ser estúpidos, mas a história acabará por vos apanhar. Porque a história não é o pano de fundo – a história é o palco! E vós estais no palco! Oh! Como é revoltante a vossa tremenda ignorância sobre o que se passa no vosso próprio tempo!”


sexta-feira, outubro 14

Comam salada ...


Enquanto ouvia o primeiro-ministro a anunciar o tão propalado corte das gorduras do estado, e que se traduz na extinção ad eternum (ele disse dois anos) dos subsídios de férias e natal aos gordos da função pública, vinha-me à memória uma frase, que eu não consigo recordar o autor e provavelmente não saberei citar corretamente, que se adequa ao sentimento do princípio de um grave retrocesso civilizacional - “comam salada enquanto podem”.

terça-feira, outubro 11

O que pensará Quaresma?

Record

No sofá ou no banco de suplentes, o que pensará Quaresma?
Será que na selecção de todos e onde cabem quase todos, de Eliseus a Postigas, não há lugar para quem trata tão bem a bola? Se as equipas se fizessem pelo escolho eu/escolhes tu, quem o deixaria para o fim?

Individualista, indisciplinado – dizem. Muito disciplinado é ele.

Castigo


Ter que governar com a troika parece-me o castigo certo para Jardim.

quarta-feira, outubro 5

Hostil, mas réptil




O El País tem dado grande relevo ao terceiro casamento da duquesa de Alba de 85 anos. Agora mesmo, o jornal relata em directo todas as notícias relativas à boda de Cayetana de Alba com Alfonso Díez, "Les separa su posición social y económica pero les une el arte". O poder da Arte. E é nesta perspectiva que devemos compreender todo este frenesim noticioso à volta deste casamento e das consequências na divisão do imenso património. Em suma, enquadremos também o feio nessa  perspectiva, mais romântica.

“Amo-te não só porque és disforme, mas também porque és abjecto. Amo o monstro e amo o histrião. Um amante humilhado, escarnecido, grotesco, horrível, exposto aos risos naquele pelourinho chamado teatro, tudo isto tem um gosto extraordinário. (…) Ah! Sou feliz, eis-me decaída. Gostaria que todos pudessem saber quanto sou abjecta. Prostrar-se-iam ainda mais, porque quanto mais detestam, mais rastejam. O género humano é feito assim. Hostil, mas réptil. Dragão, mas verme. Oh! Sou tão depravada como os deuses (…)”    
  Victor Hugo, O homem que ri (1869)


*Ao ver a duquesa, associo-a imediatamente à rainha de Tunes, pintada por Quentin Massys (1513).


Jazz no Douro


           Por esta época, desde há oito anos, nas cepas do Douro, os cachos são substituídos por notas musicais que são transportadas para as salas de espetáculos de várias cidades transmontanas. Aqui, os enólogos da música combinam-nas harmoniosamente, fazem-nas fermentar e logo a seguir engarrafam-nas com rótulos de marca swing, blues, folk, country e jazz, inebriando os fãs destas castas. Esta espirituosa bebida que se toma pelo ouvido faz logo surtir os seus efeitos evidenciados no abanar da cabeça e no acompanhamento feito inadvertidamente pelo corpo.

            No fim, sabe bem complementar este estado de espírito com a combinação de aromas e paladares nascidos da cepa, num gesto de apelação à sintonia entre o vinho e a música, entre o Douro e o Jazz.

            Um brinde aos músicos e aos vinicultores.

Até jazz
J Carvalho

           

domingo, outubro 2

M. J. Marmelo




(para ver se não se chega ao ponto de nos parecer melhor a pura e simples anarquia).


... Nem que faça de Martim Moniz.


Entrevista esclarecedora  de António Pedro Vasconcelos a Clara Ferreira Alves, na Única, sobre o audiovisual em Portugal e em particular a necessidade de manter um canal público de televisão.

"A Europa está como está por causa da perda de influência das televisões públicas. A televisão privada destruiu a Europa."
ou
"Para haver privada tens de ter condições financeiras para um mínimo de qualidade, um serviço público independente e prestigiado e uma instância reguladora fortíssima."
mais
"Uma coisa é discutir a qualidade do serviço e outra é discutir a existência desse serviço"
e ainda
"Vou dedicar os próximos anos da minha vida a impedir a ideia louca de privatizar a RTP."